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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Nova ‘Sociedade Alternativa’

Padronização. Essa é a palavra que nos rege, queremos o que nos é oferecido e queremos ter aquilo que o outro tem. Diretamente ligada a essa palavra temos influência, que nos é implantada silenciosamente e descaradamente, em uma sociedade evoluída.
Não conhecer uma banda clássica é perdoável, mas não saber distinguir um alimento de outro, é completamente inaceitável. Vivemos em tempos que a televisão é nossa “companheira” de todos os dias, nossa professora de casa; não acredito que nossos pais possam ainda ter uma forte influência sobre nossos cérebros moles e poucos elásticos –uma coisa só se estica se é usada- eles não convivem na maior parte do tempo conosco, de certa forma fazem com quem crescemos e sejamos evoluídos, mas nem eles vêem o que nos consome, o que consome a eles próprios, como podemos fazer deles exemplos, se nem a influência sobre nós eles possuem mais?
Informações de todos os lados. Constantemente, todos os dias. Não sentimos mais o impacto ambiental a nossa volta, não sentimos nem mesmo tempo passar. Ter já se tornou bem mais importante do que Ser. Somos bem melhores com qualquer tipo de tecnologia, do que com qualquer alternativa não degradável. Facilmente iludidos, temos o futebol na cabeça quando o Brasil realmente precisaria de investimentos públicos; depois de seis anos de distração e capital no bolso vamos voltar à verdadeira realidade.
Não sabemos o que é livre arbítrio porque não sabemos as suas regras e assim não podemos usar; neoliberalismo seria mais apropriado para as “novas regras”. O nosso ritmo de vid
a é classificado por perturbado, por power turbo, tudo tão rápido e ilusoriamente eficiente, impossível não aderir ao estilo.
Conjunto de símbolos que nos classificam, status nos definem e rótulos tomam conta de nossas vidas medíocres. Banalizar o ócio não é mais problema, não valorizamos a vida contemplativa, valorizamos coisas descartáveis e belezas removíveis.
Onde esta a evolução em que deviríamos saber para crescer? Almejamos uma evolução de espírito materialista, e não uma evolução espiritual. Não sabemos mais diferenciar necessidade de consumismo e nem sabemos escolher por nós mesmos. Recebemos tudo pré-definido e automatizado; não sentimos a mudança de algo por nós mesmos. Saber mais que do que o preciso é raridade.
Dentro de um ciclo vicioso provavelmente raro os que vão sair ilesos, sendo alternativo ou não.

Um comentário:

  1. Cara Melina,
    como vou expressar o que senti ao ler teu texto... Talvez só lendo ele junto contigo em sala de aula... Estou muito feliz com o nível de reflexão proposto por ti...
    destaco só estes dois pontos (haveriam mais):
    1) não saber o nome de coisas da natureza...
    2) o ter em detrimento do ser...
    Enfim, vamos ler este texto junto em sala de aula...
    Continuemos a refletir...
    Abração do prof.,
    Donarte.

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