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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Brincando de Deus

Para quem nunca jogou "Comand Conquers", "Age of Empires", "Age of Mitologi" ou qualquer uma das variações, esses jogos tratam de uma batalha onde o jogador é desafiado a comandar um povo e dominar o campo espacial. Para isso é necessário uma série estratégias e comandos complexos que desencadeiam em efeitos colaterais para o futuro da nação.
Tomemos nossa mente como um pedaço de terra. Dentro há a influência externa e o que é nosso de origem. Agora imaginemos que o nosso povo é a nossa personalidade e que a mídia é o povo rival. Será que você ja parou para pensar as estratégias que ela toma para controlar, prever e usar você?
Hoje a sociedade afluênte está acostumada a viver em meio a tanta tecnologia e informação, mas isto nao quer dizer que ela sabe como usar e se defender de. Conforme o tempo passou o homem, na necessidade de se comunicar, foi criando meios para se interligar ao seu próximo, para entender e interagir com todos a sua volta. Nasce dai a necessidade de um sistema de comunicação, futuramente a mídia. Mas não criamos uma simples rede. O que foi criado é quase uma inteligência artificial auto-sustentável que usa da nossa falha de caráter para sobreviver. A mídia, esta, que até então nos controla e dita nossos passos sem que muitos de nós percebamos.
O que a mídia faz, basicamente, é a criação, seleção e distribuição de informação em meio a sociedade. O que para muitos, ingênuos, pode parecer inocente, mas que na real toma uma proporção e poder incríveis. O que da todo este tamanha força para a mídia é a jogada inteligente que ela faz, dando ao homem a necessidade de expandir, dinamizar e diversificar a informação para a sociedade, criando cada vez mais novas formas e ultrapassando barreiras (muitas vezes a privacidade), para ganhar seu salário e que, sem nem perceber, da vida a um simples conceito. O plano artigulado é tão engenhoso e estratégicos que atinge todas as camadas da sociedade. Desde a criança até o idoso ( que leva muito menos investimento e busca por parte da mídia exatamente por nao produzir e consumir mais).
Sem que percebamos, ao entrar numa cultura de alta produção e consumo (já esquematizada e implantada pela mídia a muito tempo) trabalhamos demais e, muitas vezes, não temos tempo para dar muita atenção aos nossos filhos. Porém a mídia não é só um, e não obedece espaços e privacidades. Enquanto estamos ausentes, ela invade nossos lares e toma posse das mentes de nossos filhos que, sem ao menos perceber, agem como fantoches dando controle a mídia sobre nós e tantos outros. Em casa a criança irá consumir o que lhe for mandado. Na rua irá influenciar outros a consumirem que, por sua vez, influenciaram outros e em um ciclo infinito ( ou limitado ao tamanho da população mundial) se cumprirá sem que nós tomamos conhecimento.
Mechendo com a cabeça das crianças fica fácil prever o futuro (ja que estes são o nosso futuro) e assim a mídia avança mais um passo na estratégia de nos dominar. Criando uma dependência física e psicológica em nós, faz com que nos enchamos de produtos e nos tornemos propagandas ambulantes, "outdoors" que falam e espalham sua informação nos mais diversos lugares, intranhando na sociedade sem deixar um minúsculo espaço sem seu conhecimento. Desfilamos para cima e para baixo com marcas, logos, símbolos e mensagens que não são nossas. Mas é assim que funciona.
Com o tempo, na minha opinião, a mídia foi criando formas e motivos para se espalhar, e um deles foi o consumismo que veio a calhar e fazer parte da nossa cultura. Hoje ele se tornou muito maior e poderoso que toda e qualquer organização social. Maior até que o Estado. O Estado (republicano) , constituído de três poderes ( Judiciário, Legislativo e Executivo ), perde poder todos os dias. Com a privatização de patrimônios e serviços públicos o regimento da sociedade fica na mão de poucos produtores, inutilizando o Estado e dando mais poder a empresas. Se você parar para olhar, você paga muitas coisas em dobro. A sociedade de hoje, que tem medo de ficar esposta e portanto prefere lugares fechados para a sua segurança, paga impostos para ser policiada mas paga também a entrada em lugares fechados (shoppings, parques, etc). O que fortalece a mídia, pois da aos seus motivos um tamanho maior e á ela uma importância inestimável.
Pra quem ja assistiu "Eu Robo" fácil entender a metáfora ao ver o computador Vicky. E se não temos mais nenhum refúgio livre para baixarmos nossa guarda, abrir a cabeça e aliviar a pressão, pobres aqueles que viverão o futuro. Deixarão de estarem vivendo e passarão a serem vividos. Isso se o mundo nao nos afogar em suas nêmesis.

4 comentários:

  1. Caríssimo Gabriel,
    este é outro texto que traz muitas coisas subjacentes a ele...
    Sugiro corrigir a grafia.
    Ele também foi selecionado para ser lido em sala de aula, pois nele existem muitas idéias importantes...
    Abraço,
    Prof. Donarte.

    P.s.: eu mesmo levo ele impresso para que possamor ler juntos, com os demais colegas...

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  2. eu gostaria de saber porque no meu boletim eu recebi seis se o meu trabalho está aqui e tu gosto tanto dele...

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  3. Hahaha!!!
    erros em "sistemas" digitais acontecem. Não se preocupe com isso...
    T+,
    Prof. Donarte.

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